Ei,
você! Você mesmo, primeiramente perdão por só lhe escrever agora, não vou ser
piegas e dizer que todo esse tempo estive pensando em você, até porque estaria
mentindo. A verdade é que na ocasião em que aconteceu eu não tive oportunidade
de pensar a respeito do ocorrido, e nunca mais havia me surgido na mente, mas hoje lembrei-me daquele dia em que nos "corredores da vida" você, um completo
desconhecido surge e mesmo estando aparentemente com pressa, recita um “oi”, juntamente com um sorriso. Apenas isso, mas que apesar da
minha falta de reconhecimento até o momento, foi de extrema importância. Por
isso estou aqui agora somente para te agradecer: meus sinceros agradecimentos,
estranho.
O
mais aceitável é que provavelmente nunca mais te encontre, até porque se te
visse na rua não te reconheceria em hipótese alguma, não tive tanto tempo assim
para memorizar seus traços, como já mencionei, na hora nem sequer pensei muito:
um estranho que cumprimenta uma estranha, com um sorriso. Tudo bem, isso é tão comum... Respondi educadamente, não sei se talvez transparecendo um pouco de surpresa, certa interrogação, mas de qualquer
maneira, você simplesmente se foi.
Se o
destino existe, quem sabe um dia qualquer, em uma esquina ao acaso, nos
reencontremos. Só queria dizer que você ficou entre as minhas melhores
recordações em meio a uma das piores épocas da minha vida. Obrigado, pelo
sorriso e pela inspiração.