Na
maioria das vezes as pessoas recusam-se a lembrar, mas é igualmente tão triste
esquecer. É triste quando aquela pessoa não mais ocupa espaço em nossa mente.
Quando não conseguimos lembrar o brilho dos olhos, nem o motivo que os fazia
brilhar. Quando ouvimos uma notícia e não conseguimos mais imaginar qual seria
a reação dela diante de tal fato. Quando em nossos diálogos imaginários não
conseguimos mais projetar a voz, nem achar frases que talvez pudessem ser ditas
por ela, simplesmente por não mais a conhecermos. O som do riso também já não
está mais gravado, as gírias, os suspiros, as longas pausas entre um assunto e
outro. Sim, as pausas que nos faziam pensar, e a diferença, a incrível
diferença que antes fazia em nossa vida e agora insiste em permanecer apenas em
nosso coração.
5 de dezembro de 2013
11 de novembro de 2013
Quando estiver tão só
Sim, é só mais um texto repetitivo sobre saudades. E também sobre o tempo. E o passado. E as lembranças. E as pessoas que nos abandonaram, mesmo dizendo que isso nunca aconteceria. E as pessoas que entraram em nossa vida e mudaram tudo, completamente, novamente. E as palavras que pareciam reais no momento em que foram ditas. E as promessas que desaparecem a todo o momento, evaporam. É mais um texto sobre expectativas e frustrações. E os sonhos. E a realidade, a muitas vezes triste e cruel realidade. E a esperança acima de tudo. É sobre os encontros. É sobre quem não conhecemos ainda. É sobre os sentimentos que envolvem tudo isso. É sobre mim.
Sou um clichê ambulante. Destrua-me ao me surpreender.
4 de outubro de 2013
Pra lembrar quem eu sou, pra salvar o que ainda restou
A
verdade é que tento escrever, mas nada descreve nem a milésima parte do que
deveria ser realmente dito. São tantos os sentimentos que não é
possível nomear nenhum deles, mas é provável que não passe de uma fase. Ou de uma vida inteira.
O nó que estava em minha garganta
encontra-se agora no coração. Esse talvez tenha sido sempre o meu grande
segredo: nada de coração partido, dilacerado, pisoteado. Meu coração está e
provavelmente sempre estará inteiro. Seu único defeito é somente esse nó. O que
ainda persiste é a esperança de transformá-lo em um laço.
19 de julho de 2013
O que não é noticiado
(Só peço pra que desconsiderem o fato de tratar-se de uma propaganda da Coca-cola, não estou recebendo nada para divulgá-la)
Porém reconheço que é o que todos nós atualmente precisamos: acreditar. São esses "pequenos-grandes" atos, de amor, loucura, honestidade, gentileza, ou qualquer outro do gênero, que apesar de raros ainda existem e devem nos guiar através de uma vida melhor; uma vida, e consequentemente, um mundo que podemos tornar o melhor possível se tivermos a coragem de realmente fazer a diferença em cada palavra, em cada atitude, por mais simples que ela talvez pareça.
1 de julho de 2013
Don't you cry tonight
Ei,
você! Você mesmo, primeiramente perdão por só lhe escrever agora, não vou ser
piegas e dizer que todo esse tempo estive pensando em você, até porque estaria
mentindo. A verdade é que na ocasião em que aconteceu eu não tive oportunidade
de pensar a respeito do ocorrido, e nunca mais havia me surgido na mente, mas hoje lembrei-me daquele dia em que nos "corredores da vida" você, um completo
desconhecido surge e mesmo estando aparentemente com pressa, recita um “oi”, juntamente com um sorriso. Apenas isso, mas que apesar da
minha falta de reconhecimento até o momento, foi de extrema importância. Por
isso estou aqui agora somente para te agradecer: meus sinceros agradecimentos,
estranho.
O
mais aceitável é que provavelmente nunca mais te encontre, até porque se te
visse na rua não te reconheceria em hipótese alguma, não tive tanto tempo assim
para memorizar seus traços, como já mencionei, na hora nem sequer pensei muito:
um estranho que cumprimenta uma estranha, com um sorriso. Tudo bem, isso é tão comum... Respondi educadamente, não sei se talvez transparecendo um pouco de surpresa, certa interrogação, mas de qualquer
maneira, você simplesmente se foi.
Se o
destino existe, quem sabe um dia qualquer, em uma esquina ao acaso, nos
reencontremos. Só queria dizer que você ficou entre as minhas melhores
recordações em meio a uma das piores épocas da minha vida. Obrigado, pelo
sorriso e pela inspiração.
26 de maio de 2013
Dialética
Na falta de palavras próprias, faço da poesia de Vinicius de Moraes a minha tradução da realidade.
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
8 de março de 2013
Com amor. . .
"Bento Gonçalves, 04 de novembro de 2011.
Querida futura eu, que daqui um ano estará lendo esta carta. Um ano realmente não é tanto tempo assim, mas são muitas as coisas que podem acontecer nesse tempo.
O futuro é tão incerto, e a verdade é que eu seria capaz de ficar pra sempre escrevendo. Mas será que quando eu receber esta carta continuarei com essa minha paixão pelas palavras?
Será que meus objetivos, ou ao menos parte deles já terão sido realizados? Quantas serão as pessoas que terão passado pela minha vida e quantas delas já não fazem mais parte do meu dia a dia? São tantos os questionamentos possíveis para se fazer depois de um ano inteiro vivido...
Mas espero que eu continue sendo feliz independente de qualquer coisa, espero que eu não tenha me decepcionado muito, sei o quanto isso machuca. E mais uma pergunta: eu continuo acreditando demais nas pessoas? Porque isso é um objetivo a mudar nesse momento.
Até daqui um ano, Juliana Gazola.
Boa sorte com a vida...”
15 de janeiro de 2013
Sobre quem somos. Ou acreditamos ser
E mais uma vez, como tem acontecido já há alguns anos desde que tenho este blog, venho aqui nesse dia para fazer
aquele texto nostálgico, repensando toda minha vida e as coisas que aconteceram
nesse último ano, e de alguma maneira involuntária, também pra relembrar
aquelas velhas histórias e fatos de que há a cada ano mais responsabilidades,
mais escolhas necessárias a serem feitas, e todos esses clichês que todos estão
cansados de ler.
Mas a verdade é que hoje em especial,
meu raciocínio tem seguido um rumo diferente: afinal, qual é o sentido de fazer
e consequentemente, de comemorar aniversários? Eu hoje olhei-me no espelho, e
não vi em lugar nenhum alguma mensagem subliminar avisando que até hoje,
passaram-se dezessete verões de minha existência. Eu continuo a mesma de ontem à
noite. A mesma de semana passada. Até mesmo do mês passado. Será?
Um ano. Foram trezentos e sessenta e
seis dias de transformações. Quem eu era a um ano? Quem eu serei daqui mais alguns?
Acredito que como um rio, que a cada vez
que nos depararmos com ele será um rio diferente, apesar de aparentemente tudo
permanecer igual. Assim é nossa constituição mais profunda, tudo está
constantemente mudando. Ás vezes há calmaria. Às vezes, tempestade. E
continuamos sendo a mesma pessoa. Ou achando que somos.
1 de janeiro de 2013
1º de janeiro de 2013
É o primeiro dia do ano, e o primeiro da
sua vida neste mundo, provavelmente tão grande visto da perspectiva de seus
olhos ainda não acostumados com a imensidão de um mundo que passa longe de ser
o País das Maravilhas cujo você estava acostumada.
Talvez você ainda esteja se sentindo na
toca na qual você caiu ao tentar seguir um coelho que corria apressado, no
exato momento em que você fica tão pequena a ponto de não conseguir alcançar a
chave que está sobre a mesa, e que abriria a porta para que você tivesse acesso
a um lugar encantado.
Devo lhe dizer que este não é o País das
Maravilhas, como você já deve ter percebido, afinal, agora você precisa chorar
na tentativa de que seus desejos sejam primeiramente compreendidos, e depois
realizados.
Mas essa é somente a primeira fase das
muitas que você enfrentará. Quando for capaz de realmente entender tudo isso, e
histórias sobre o seu nascimento e sua infância forem contadas, você talvez não
lembre, mas de qualquer maneira sentirá saudades de tudo que passou.
Esse pode não ser o mundo encantado que
você sonhava, mas com certeza ele se tornou encantador com a sua presença.
Bem-vinda, Maria Alice, linda da tia.
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