E mais uma vez, como tem acontecido já há alguns anos desde que tenho este blog, venho aqui nesse dia para fazer
aquele texto nostálgico, repensando toda minha vida e as coisas que aconteceram
nesse último ano, e de alguma maneira involuntária, também pra relembrar
aquelas velhas histórias e fatos de que há a cada ano mais responsabilidades,
mais escolhas necessárias a serem feitas, e todos esses clichês que todos estão
cansados de ler.
Mas a verdade é que hoje em especial,
meu raciocínio tem seguido um rumo diferente: afinal, qual é o sentido de fazer
e consequentemente, de comemorar aniversários? Eu hoje olhei-me no espelho, e
não vi em lugar nenhum alguma mensagem subliminar avisando que até hoje,
passaram-se dezessete verões de minha existência. Eu continuo a mesma de ontem à
noite. A mesma de semana passada. Até mesmo do mês passado. Será?
Um ano. Foram trezentos e sessenta e
seis dias de transformações. Quem eu era a um ano? Quem eu serei daqui mais alguns?
Acredito que como um rio, que a cada vez
que nos depararmos com ele será um rio diferente, apesar de aparentemente tudo
permanecer igual. Assim é nossa constituição mais profunda, tudo está
constantemente mudando. Ás vezes há calmaria. Às vezes, tempestade. E
continuamos sendo a mesma pessoa. Ou achando que somos.
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