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11 de novembro de 2011

Pessoas:

Ou você as ama, ou as odeia.
E nesse mundo cheio de gente, posso afirmar que quando você está certo de que terá paciência de conhecê-las, todas as pessoas, como elas realmente são, se tornará muito mais fácil o convívio. Mas prepare-se, principalmente para sofrer. Aliás, essa é a principal característica encontrada em todas as pessoas, em geral: o sofrimento.
Algumas sofrem por conta de decepções causadas por outras. Outras sofrem por conta de decepções causadas por elas mesmas. Algumas sofrem por um amor não correspondido. Outras sofrem por não poderem corresponder a esse amor. Algumas (a maioria) são julgadas por sofrerem. Outras julgam os sofrimentos alheios, e escondem ao máximo seus próprios sofrimentos pra que outra de suas semelhantes julgadoras, não as julgue.
Sim, a segunda principal característica encontrada nesses seres complexos, denominados seres humanos, é exatamente a sua complexidade. Costumam fazer “tempestades em copos d’água”, ofendem-se facilmente com palavras ditas em momentos errados, geralmente se iludem e se apegam fácil demais, falam mais do que escutam, falam mais do que pensam, falam mais do que suas atitudes demonstram.
Mas ainda assim apesar de tudo, as pessoas são admiráveis. Elas vivem. E isso já é a ação mais corajosa que existe.

2 de novembro de 2011

Des(entender) a mim mesma

A verdade é que tudo que tenho escrito está errado.
Quando alguém escreve, essa pessoa espera que o texto seja um microscópico pedaço de si mesmo, mas que estará destinado a permanecer ali intacto mesmo que as letras se apaguem, mesmo que as palavras percam o sentido, mesmo que ninguém seja capaz de compreender. Mas de algumas semanas, ou talvez até meses, (não tenho mais noção nem do tempo que se passou, considerando que meus dias são medidos conforme a quantidade de sonhos, e eles têm sido cada vez mais escassos) mas, enfim, de alguns tempos até esse momento, procuro palavras que até então desapareciam no ar e não eram capazes de chegar até meus dedos, que agora digitam automaticamente frases que parecem não fazer sentido algum.
E apesar de todas essas palavras que acabam de ser jogadas diante de meus olhos, ainda assim me vejo inteira, nenhuma parte microscópica de mim parece ter ficado nas entrelinhas desse desabafo.
Mas ainda há a chance de que não seja necessário me desfazer em pedaços a cada novo sentimento descrito, e de que em cada vazio que preenche os espaços entre as palavras, esteja, mesmo que de forma imperceptível, eu mesma.