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16 de dezembro de 2014

A calmaria plena

Parece tão fácil falar de felicidade... Entre seus muitos significados complexos, a felicidade resume-se (se é que se pode resumi-la) em tudo aquilo capaz de nos proporcionar momentos que se eternizarão em nossa memória e em nosso coração. A felicidade não deve ser entendida como o êxtase, e sim como a calma que nos torna mais conscientes e acolhedores ao universo do qual fazemos parte e que está constantemente se manifestando em suas mais variadas formas de vida.

Mas o que realmente consome todas as forças que acreditamos ter, e que nos abala de tal forma que optamos por evitar até proferir a palavra é a tristeza, é a indiferença. A felicidade é a meta impregnada em todos os padrões e em nossas buscas: quando tivermos um emprego seremos felizes, ou quando nos formarmos, ou casarmos, ou realizarmos todos os nossos sonhos... E assim a felicidade é adiada dia após dia, enquanto a vida continua prosseguindo, independente dos sentimentos correspondentes a ela.

Deve ser até um pecado isso de estar triste em dias tão bonitos. Parece que qualquer ser ou força sobrenatural em que você deposite suas crenças estão dando o máximo de si para proporcionar um dia agradável, um dia claro, um dia para viver. E você aí, remoendo tudo de ruim que pode existir em seu interior. E enquanto isso o sol está lá, brilhando com todas as forças possíveis.

Este texto é escrito no escuro (literalmente) de uma noite insone, amanhã o resultado que verei não será o desejado – as palavras serão incompreensíveis, as frases não possuirão sentido algum – mas mesmo assim escrevo. Talvez a vida de alguém dependa disso. Ou a minha própria vida.

2 comentários:

Gugu Keller disse...

Bravo! Excelente! Meus sinceros aplausos!
GK

Rodrigo disse...

É disso que eu tava falando, muito bom!

Me lembrou essa frase na hora.

"...há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te." Chaplin