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9 de abril de 2015

Humanamente imperfeitos

Somos números. Perdemos nomes, rostos, identidades. Somos apenas representações ocupando espaço, não sabemos o que fazer com nossos corpos, não há lugar para eles, e por isso mesmo nos permitimos os rótulos que não nos diferem. Somos contas que deram errado, não queremos a diferenciação, pois ela implica consequências. Nossas assimetrias demonstram o quão imperfeitos e humanos somos, ou deveríamos ser. Queremos nos camuflar em um meio social que está fadado a rotina, a monotonia, ao fracasso. 
É uma pena eu não gostar de números. E ser adepta a ironia.

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