Encantadora de borboletas: Não tive mais notícias dela... Ela ficou lá, sozinha...
Tão triste perder amizades dessa maneira.
Morador do feixe de luz: Tem que aprender a capturar as borboletas na hora certa. De nada serve a beleza de uma borboleta se não há ninguém para contemplar.
Encantadora de borboletas: Mas eu estava contemplando, juro.
Morador do feixe de luz: Contemplar do lado errado do vidro de nada serve.
Encantadora de borboletas: Serve sim... Estávamos as duas em meio a nossas individualidades...
Morador do feixe de luz: Mas se tu estavas do lado errado, como saber se ela contemplou a tua beleza?
Talvez o vidro tenha abafado os dizeres dela...
Encantadora de borboletas: Mas naquele momento em que nossos "olhares" cruzaram-se, nossas vidas também foram diretamente afetadas.
Morador do feixe de luz: Tu diz isso pra mim, agora.
Mas disse isso pra borboleta antes de ela ir embora?
Encantadora de borboletas: Claro que eu disse, por acaso eu tenho cara de quem não conversa educadamente com borboletas?
Morador do feixe de luz: De maneira alguma iria insinuar algo desta forma, minha cara encantadora de borboletas.
Só digo que é importante estar do lado certo do vidro. Não correr riscos do vidro abafar ou distorcer dizeres tão belos.
Encantadora de borboletas: É fácil dizer isso... Mas um contato mais próximo dependeria dela voar para o lado de dentro, ou eu escalar a janela pelo lado de fora.
Então acredito que não cabia a mim uma atitude.
Morador do feixe de luz: Ou, simplesmente, de abrir a janela e convidá-la para adentrar o recinto.
Não creia tu de que as borboletas não sejam seres inteligentes.
É uma espécime tão sábia quanto é bela.
Encantadora de borboletas: A janela já estava aberta, porém ela não se sentiu muito confortável em entrar, acho.
E quem sou eu pra mandar em um ser tão inteligente!
Morador do feixe de luz: Mas... Se estava aberta, como então poderia haver um vidro? E, ainda mais, um lado errado?
Sabes bem em compreender que não pode mandar nas borboletas.
Mas podes, com toda a doçura, convencer de que o lado certo é o lado onde ela deve repousar.
Encantadora de borboletas: Vai explicar isso pras borboletas de hoje em dia... Teimosas.
Morador do feixe de luz: Talvez tu precises observar os rouxinóis.
Dizem que eles entregam do próprio sangue para transformar uma rosa branca em vermelha.
Encantadora de borboletas: Estou precisando conhecer esses aí.
Morador do feixe de luz: Procure pelos contos do Oscar Wilde.
O final da história do rouxinol é triste, mas...
Quem sabe... Quem sabe, podemos reescrever para um final melhor?
Encantadora de borboletas: Procurarei sim... Sempre podemos!
Morador do feixe de luz: Bom saber da sua tão nobre disposição!
Sempre que quiser compartilhar dos meus sábios conselhos, podes me encontrar aqui, no feixe de luz próximo ao fim do mundo.
*Participação especial de um nobre morador de um feixe de luz tão tão distante.
Encantadora de borboletas: Serve sim... Estávamos as duas em meio a nossas individualidades...
Morador do feixe de luz: Mas se tu estavas do lado errado, como saber se ela contemplou a tua beleza?
Talvez o vidro tenha abafado os dizeres dela...
Encantadora de borboletas: Mas naquele momento em que nossos "olhares" cruzaram-se, nossas vidas também foram diretamente afetadas.
Morador do feixe de luz: Tu diz isso pra mim, agora.
Mas disse isso pra borboleta antes de ela ir embora?
Encantadora de borboletas: Claro que eu disse, por acaso eu tenho cara de quem não conversa educadamente com borboletas?
Morador do feixe de luz: De maneira alguma iria insinuar algo desta forma, minha cara encantadora de borboletas.
Só digo que é importante estar do lado certo do vidro. Não correr riscos do vidro abafar ou distorcer dizeres tão belos.
Encantadora de borboletas: É fácil dizer isso... Mas um contato mais próximo dependeria dela voar para o lado de dentro, ou eu escalar a janela pelo lado de fora.
Então acredito que não cabia a mim uma atitude.
Morador do feixe de luz: Ou, simplesmente, de abrir a janela e convidá-la para adentrar o recinto.
Não creia tu de que as borboletas não sejam seres inteligentes.
É uma espécime tão sábia quanto é bela.
Encantadora de borboletas: A janela já estava aberta, porém ela não se sentiu muito confortável em entrar, acho.
E quem sou eu pra mandar em um ser tão inteligente!
Morador do feixe de luz: Mas... Se estava aberta, como então poderia haver um vidro? E, ainda mais, um lado errado?
Sabes bem em compreender que não pode mandar nas borboletas.
Mas podes, com toda a doçura, convencer de que o lado certo é o lado onde ela deve repousar.
Encantadora de borboletas: Vai explicar isso pras borboletas de hoje em dia... Teimosas.
Morador do feixe de luz: Talvez tu precises observar os rouxinóis.
Dizem que eles entregam do próprio sangue para transformar uma rosa branca em vermelha.
Encantadora de borboletas: Estou precisando conhecer esses aí.
Morador do feixe de luz: Procure pelos contos do Oscar Wilde.
O final da história do rouxinol é triste, mas...
Quem sabe... Quem sabe, podemos reescrever para um final melhor?
Encantadora de borboletas: Procurarei sim... Sempre podemos!
Morador do feixe de luz: Bom saber da sua tão nobre disposição!
Sempre que quiser compartilhar dos meus sábios conselhos, podes me encontrar aqui, no feixe de luz próximo ao fim do mundo.
*Participação especial de um nobre morador de um feixe de luz tão tão distante.
2 comentários:
Genial!
*-*-*
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