Você
quer voar, literal e figurativamente. Ganhar asas, altura e manter-se no ar dependendo
apenas de sua autoconfiança. Ganhar o mundo pela força, mas não a força física,
essa é facilmente adquirida. Carregar o mundo como se ele fosse uma extensão de
suas próprias asas. Suas incríveis asas, mas que além do embelezamento ainda
não adquiriram funções determinadas, afinal, alçar voo talvez o mantenha
distante de si mesmo, distante do previsível mundo criado por você.
Não nos
avisaram as diferenças existentes do mundo quando visto de dentro de um casulo,
ou quando é visto em sua imensidão, de lá do céu. Por que depois de ganharmos
asas, essa será nossa eterna visão do mundo: como esse pontinho insignificante
que somos, em uma galáxia tão imensa e desconhecida, onde em algum lugar do
horizonte, o bater de asas de uma singela borboleta talvez possa mesmo influenciar o curso natural das coisas e provocar um tufão do outro lado do mundo. Ou talvez o
“curso natural das coisas” seja somente uma criação subjetiva e o bater de asas
desta borboleta mude apenas a sua própria consciência, em relação ao restante do
mundo existente fora de seu casulo, em nada modificando as vidas que
permanecem dentro dele, em sua individualidade.
“É mais corajoso
quem não tem medo de voar pelo mundo ou quem aguenta ficar dentro de si?”
Tati Bernardi.
3 comentários:
No nosso em busca irmos, o a nós mesmos virmos.
GK
"Quanto mais alto voamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar." Nietzsche
E quanto mais cores tivermos, mais pálidos pareceremos ao olhos daqueles que não possuem a leveza para se transformar.
Cada vez que releio percebo algo novo que complementa minha interpretação. *_*
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