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7 de março de 2015

Antropologiando

Um cachorro aparentemente perdido, apesar de estar bem cuidado e com coleira, indicando que sua casa ou donos não devem estar tão distantes. Sexta-feira, final da primeira longa semana de aula na faculdade após as férias. Das impressões adquiridas, observadas e assimiladas acerca da situação e ambientes rotineiros.
Das pessoas que passam pelo cachorro, grande parte interroga: Outro? Vamos abrir medicina veterinária aqui!? Outra transeunte pronuncia frases ininteligíveis, típicas de conversação com bebês e animais domésticos. Em um banco próximo um rapaz fuma, comenta sobre o quanto o cachorro está limpo (deve ser a mim que ele dirige sua fala, sou a única que está ali e com o cachorro é pouco provável que ele puxe assunto, muito menos elogiando sua higiene). Estou interagindo com meu objeto de estudo.  O homem sai e volta acompanhado de uma senhora um pouco debilitada, que ele prontamente ajuda a sentar-se, fuma outro cigarro, discute sobre a vida e o quão difícil é conviver com uma pessoa. Até que minha colega chega e proclama: Juliana, da tchau pro cachorro, estamos indo embora.

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