Um cachorro aparentemente perdido, apesar de estar bem
cuidado e com coleira, indicando que sua casa ou donos não devem estar tão
distantes. Sexta-feira, final da primeira longa semana de aula na faculdade
após as férias. Das impressões adquiridas, observadas e assimiladas acerca da
situação e ambientes rotineiros.
Das pessoas que passam pelo cachorro, grande parte
interroga: Outro? Vamos abrir medicina veterinária aqui!? Outra transeunte pronuncia
frases ininteligíveis, típicas de conversação com bebês e animais domésticos.
Em um banco próximo um rapaz fuma, comenta sobre o quanto o cachorro está limpo
(deve ser a mim que ele dirige sua fala, sou a única que está ali e com o
cachorro é pouco provável que ele puxe assunto, muito menos elogiando sua
higiene). Estou interagindo com meu objeto de estudo. O homem sai e volta acompanhado de uma senhora
um pouco debilitada, que ele prontamente ajuda a sentar-se, fuma outro cigarro,
discute sobre a vida e o quão difícil é conviver com uma pessoa. Até que minha
colega chega e proclama: Juliana, da tchau pro cachorro, estamos indo embora.
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